ALCOBAÇA
A Cerâmica de
Alcobaça é uma referência desde os
últimos anos do século XIX até à
actualidade.
Trata-se de uma
actividade económica que, ao longo dos
anos, tem conseguido modernizar-se,
sempre na tentativa de ultrapassar as
dificuldades e que, aliando a tradição na
produção ao design de qualidade, continua a
manter e até mesmo a criar novos postos de
trabalho no nosso concelho.
No entanto, a história
de Alcobaça é sempre indissociável da
história do seu Mosteiro, não podendo
deixar de mencionar todo o legado dos
Monges Barristas e os seus preciosos
trabalhos em barro
saber mais
CALDAS DA RAINHA
No último quartel do século XIX, do mesmo passo que o balneário termal caldense se tornava o mais concorrido do País e a vila um dos mais atractivos centros de vilegiatura, a louça das Caldas, um tipo de faiança fundamentalmente decorativa inspirada em motivos naturalistas, constituía-se como a principal indústria local.
Em 1886, Ramalho Ortigão referiu-se à «tradicional indústria das Caldas», a expressão é dele «cujos antigos modelos preciosos, constituindo um importante museu, se perderam por desleixo e delapidação com os despojos do convento da Madre de Deus». Nos finais do século XVIII e princípios do século XIX essa «indústria» atingira um ponto alto, seguindo-se uma decadência que só a entrada em cena de Rafael Bordalo Pinheiro, dois anos antes, permitira, na opinião deste Autor, interromper. Ramalho refere-se ainda à «encantadora tradição», naturalista, que gostaria de ver convertida à modelação ao vivo dos animais e plantas, isto é «insuflada da energia palpitante de talento criativo» e apoderada pela «tríplice ciência do escultor, do colorista e do decorador» Bordalo Pinheiro.
Entre as qualificações da olaria caldense, que apesar de tudo não se teriam perdido, ramalho salienta: «uma notável facilidade de imitação em grosso, e um vidro incomparável cobrindo todos os produtos de um brilho luminoso, irisado, com um reflexo de água tepidamente ao sol, banhando e envolvendo o barro como um inducto Diamantino, translúcido, deslumbrante, maravilhoso».
saber mais
CANDAL
Uma das empresas mais emblemáticas da cerâmica gaiense foi a Electro-Cerâmica do Candal, também desaparecida. As antigas instalações da Electro-Cerâmica constituem hoje um parque industrial, onde operam algumas pequenas empresas, nenhuma delas ligada à indústria cerâmica, segundo me parece.
saber mais
MASSARELOS
A Fábrica de Louça de Massarelos é das mais antigas fábricas de faianças do Norte de Portugal.
Foi fundada em 1766 por Manuel Duarte Silva em Massarelos. No princípio, (1766/1819), o combustível para os fornos era a carqueja e a decoração era simples. Entre 1819 e 1845 a fábrica é arrendada a Rocha Soares, proprietário da fábrica de Miragaia e familiar de Manuel Duarte da Silva. A fábrica chegou a produzir azulejos lisos e em relevo, louça sanitária e peças artísticas.
saber mais
SACAVEM
A Fábrica de Loiça de Sacavém foi uma célebre unidade industrial de produção cerâmica situada na freguesia de Sacavém, tendo marcado profundamente o quotidiano da povoação e celebrizado-a, não apenas dentro de Portugal, como também fora dele – de tal forma que a frase «Sacavém é outra loiça!» se tornou o expoente máximo dessa fama.
saber mais
V.A.
A Vista Alegre foi fundada por José Ferreira Pinto Basto, que daria início a uma família de empresários que se mantém relevante na actualidade. Até o fim do século XVIII, Portugal não possuía nenhuma indústria que fabricasse porcelana, sendo o maior importador dessa material da China.
saber mais
Varias FABRICAS E OUTRAS LOIÇAS
Talvez por esta razão a maioria das culturas, desde seus albores, acabou por desenvolver estilos próprios que com o passar do tempo consolidavam tendências e evoluíam no aprimoramento artístico, a ponto de se poder situar o estado cultural de uma civilização através do estudo dos artefatos cerâmicos que produzia. Afora a cerâmica para a construção, a cerâmica meramente industrial só ocorreu na Antiguidade em grandes centros comerciais, iniciando vigorosa etapa com a Revolução industrial. Com a utilização da porcelana, a cerâmica alcançou níveis elevados de sofisticação. Um exemplo notório da cerâmica artística em Portugal é a barrista Rosa Ramalho que usou a argila para criar as figuras surrealistas do seu imaginário.
saber mais
|