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Publicado em: 2010-10-24

Objectivos da Rede de Cuidados Continuados de Saúde Mental




SAÚDE MENTAL ASSINALOU-SE COM ANÚNCIO DE NOVAS RESIDÊNCIAS PARA DOENTES
 
Residências, equipas de apoio domiciliário e unidades sócio ocupacionais para doentes mentais graves vão arrancar em todo o país em experiências piloto inseridas nos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental, avançou à Lusa o coordenador do projeto.
A integração das pessoas com doença mental grave é o objetivo da Rede de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental, que inclui unidades residenciais, unidades sócio ocupacionais e equipas de apoio domiciliário que se articulam com os serviços locais de saúde mental.
Os protocolos de intenção de implementação das primeiras experiências piloto vão ser assinados na segunda feira numa sessão de comemoração do Dia Mundial de Saúde Mental, adiantou o psiquiatra Álvaro Andrade de Carvalho, coordenador da recém nomeada Equipa de Projeto de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental (CCISM).
“Vai haver uma fase de 18 meses de experiências piloto, que será acompanhada e monotorizada” pela CCISM, adiantou o psiquiatra, a propósito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala no domingo.
A Região Norte irá dispor de uma equipa de apoio domiciliário (Braga), uma unidade sócio ocupacional (Matosinhos) e duas residências autónomas (Barcelos) e a região Centro terá uma unidade sócio ocupacional.
Já a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) vai ter seis residências de apoio máximo, moderado, de treino de autonomia e autónoma.
Terá ainda uma residência de treino de autonomia e unidade sócio ocupacional dirigida a crianças e adolescentes.
O Alentejo terá uma equipa de apoio domiciliário para adultos e outra para crianças e adolescentes e o Algarve uma residência de apoio máximo.
As residências de “apoio máximo” são para os doentes mais dependentes e as de “apoio moderado” para os mais autónomos. Haverá ainda residenciais para adolescentes com problemas psicóticos e para crianças com problemas de comportamento, adiantou o psiquiatra. Além das respostas residenciais, haverá também apoio domiciliário e unidades sócio ocupacionais para doentes que vivem com as famílias ou casa própria e que precisam de reabilitação psicossocial.
Álvaro de Carvalho adiantou que antiga legislação apenas permitia que fossem as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) a terem essas residências e unidades sócio ocupacionais.
Com a nova legislação, as candidaturas tanto podem ser de IPSS como de entidades privadas lucrativas ou entidades públicas, nomeadamente hospitais.
 





Publicado em: 2010-10-24

Arranque da Rede de Serviços Continuados de Saúde Mental




Depois de sucessivos atrasos, a rede de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental (CCISM) vai finalmente avançar. Uma das prioridades é retirar os doentes mentais graves dos hospitais psiquiátricos e evitar internamentos para toda a vida. Com este arranque vai ser, assim, possível concretizar uma medida anunciada há anos: o encerramento do hospital psiquiátrico mais antigo do país, o Miguel Bombarda (Lisboa), que acontecerá até Dezembro, após a transferência para residências dos 44 doentes que aí ainda permanecem internados, adianta o coordenador da equipa de projecto dos CCISM, o psiquiatra Álvaro Carvalho.


No futuro, o objectivo é manter abertos apenas três hospitais psiquiátricos: o Júlio de Matos ( Lisboa), o Magalhães Lemos (Porto) e o Sobral Cid (Centro). No prazo de "cinco a sete anos, pretende-se ter cerca de quatro mil pessoas em residências de vários tipos", precisa Álvaro Carvalho. A equipa está integrada na Unidade de Missão dos Cuidados Continuados Integrados.


A desactivação dos hospitais psiquiátricos implica a criação de uma retaguarda de respostas alternativas, sem as quais se correria o risco de uma parte destes doentes se tornarem sem-abrigo, como sucedeu noutros países."Há evidência científica de que, mesmo com os novos medicamentos antipsicóticos, a eficácia da intervenção só se mantém se os doentes [mentais graves, sobretudo esquizofrénicos] forem integrados em programas de reabilitação psico-social", acentua o especialista. Até porque, acrescenta, "estes doentes têm tendência para se isolar e entrar em conflito com as famílias".

É justamente para contornar estes problemas que vão ser criadas as novas respostas, primeiro num período de cerca de dois anos com experiências - piloto, depois com um programa anual de concursos a que se poderão candidatar entidades públicas, privadas e do sector social. Os primeiros protocolos de experiências - piloto vão ser assinados amanhã.

Não se está propriamente a partir do zero - há já cerca de 200 pessoas em residências e 640 em fóruns sócio - ocupacionais a nível nacional -, mas pretende-se alargar substancialmente e agilizar todo este processo no médio prazo. Para além dos doentes mentais que ainda vivem nos hospitais sem necessitar de aí estar, há os novos doentes e aqueles que residem em casa com as famílias.


Integrar as pessoas com doença mental grave é, agora, a palavra de ordem. E isso irá fazer-se através das estruturas de vários tipos previstas na legislação: além das unidades residenciais, as unidades sócio - ocupacionais (que funcionam oito horas por dia) e as equipas de apoio domiciliário. As unidades residenciais dividem-se ainda em quatro grupos: as residências de treino de autonomia, as residências autónomas, as de apoio moderado e as de apoio máximo, consoante o grau de incapacidade e dependência.

Álvaro Carvalho destaca a mais-valia que é passarmos a ter também respostas para crianças e para adolescentes com problemas de saúde mental. Haverá dois tipos de unidades, para além do apoio domiciliário e das unidades sócio - ocupacionais: comunidades terapêuticas dirigidas às que têm alterações de comportamento, por exemplo que não se aguentam na escola, e que até agora iam para colégios ligados à área da justiça; e unidades de apoio máximo para as que sofrem de doença psiquiátrica grave, nomeadamente problemas psicóticos.


Experiências: protocolos assinados amanhã
 

Os protocolos das primeiras experiências - piloto dos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental vão ser assinados hoje em Lisboa e incluem respostas para crianças e adolescentes. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, avançam várias unidades residenciais: uma para treino de autonomia, uma autónoma, três de apoio máximo e uma de apoio moderado para adultos. Para crianças e adolescentes haverá uma residência de treino de autonomia na Casa de Saúde da Idanha e uma unidade sócio - ocupacional. No Norte avança uma equipa de apoio domiciliário em Braga, uma unidade sócio-ocupacional em Matosinhos e duas residências autónomas em Barcelos. O centro fica com duas unidades sócio - ocupacionais. O Alentejo conta com uma equipa de apoio domiciliário para adultos e outra para crianças e adolescentes, em Beja. No Algarve avança uma residência de apoio máximo, em Almancil.
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