OPINIÃO DO DIRECTOR DO PLANO DE SAÚDE
DIRECTOR DO PLANO NACIONAL DE SAÚDE CONDENA CRÍTICAS E DEFENDE QUE ESTÁ A SER FEITO "TRABALHO HONESTO"
Por Agência Lusa, publicado em 22 Maio 2012 - 14:55 O diretor nacional do plano de saúde mental, Álvaro de Carvalho, condenou hoje as críticas da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e defendeu que tem vindo a ser realizado "um trabalho honesto" naquela área. "Lamento as críticas de um colega que eu tenho respeito do ponto de vista científico. Tem críticas à política de saúde mental definida pela lei, desde 1998, numa maior defesa dos hospitais psiquiátricos", disse em declarações à Lusa, à margem de uma conferência sobre a temática que decorreu no Barreiro. A Sociedade Portuguesa de Psiquiatria criticou a escassa aplicação do plano nacional de saúde mental e alertou para a urgência de "tirar do papel" e aplicar o modelo de intervenção comunitária, para evitar "um desastre clínico e social". Em declarações à Lusa, António Palha, presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), mostrou-se preocupado com a escassa aplicação prática das medidas previstas no Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016, "quando este já vai a mais de metade", e defendeu a necessidade de ser feita uma urgente avaliação da sua execução. equipas comunitárias efetivas, ligadas aos hospitais psiquiátricos, ou seja, temos o dobro", defendeu. "Temos também 30 unidades de saúde mental da infância e adolescência, quando na altura existiam cinco ou seis. Isto é descentralizar e fazer trabalho", salientou. Álvaro de Carvalho referiu que ainda existem coisas para fazer, mas lembrou que o plano apenas termina em 2016. "Não está tudo feito. Esta crise traz algum retrocesso de projetos que estavam previstos, mas tem sido feito um trabalho honesto", referiu. Sobre as principias prioridades na área da saúde mental, o responsável referiu que são o programa de prevenção do suicídio, a área das demências e, em especial, o concretizar do projeto dos cuidados continuados integrados de saúde mental. "O edifício legislativo está pronto há um ano, não pôde arrancar por constrangimentos financeiros. Existem muitas situações que apenas precisam de dinheiro para funcionar, pois existem instalações disponíveis e este projeto virá melhorar muito a situação da saúde mental grave em Portugal", concluiu
Álvaro de Carvalho referiu que foram ditas coisas graves que, enquanto responsável pelo plano nacional, não pode aceitar. "Em 1992, com a extinção dos centros de saúde mental, existiam 20 serviços. Neste momento existem 31 serviços locais para adultos e 11 para jovens
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