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Publicado em: 2009-01-03
Tratamentos para combater a sida=Tratar o sistema imunológico mais cedo
da agencia Lusa

O tratamento com medicamentos anti-retrovirais das pessoas infectadas com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) deve ser iniciado mais cedo do que o recomendado pelas normas actuais, segundo um novo estudo apresentado em Washington.
De acordo com o estudo, adiar o tratamento até que o sistema imunitário dos pacientes fique muito debilitado quase duplica o risco de morte em poucos anos, em comparação com quando se começa mais cedo.
Na generalidade, os médicos consideram preferível evitar aos pacientes, tanto tempo quanto possível, os efeitos secundários deste tipo de medicamentos.
«Os dados mostram claramente que o risco de morte parece ser maior quando se espera do que quando se trata», afirmou Anthony Fauci, director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, que pagou parte do estudo.
Este trabalho foi apresentado domingo em Washington, num congresso sobre doenças infecciosas.
As novas combinações de medicamentos desenvolvidas na última década fizeram com que a infecção com o VIH se convertesse numa doença crónica e controlada, sem implicar necessariamente um desfecho fatal.
Todavia, os seus efeitos secundários incluem diarreias, náuseas, problemas cardíacos e alterações no colesterol, além de que devem ser tomados regularmente para impedir que desenvolvam resistências e deixem de actuar.
É por isso que a International Aids Society (Sociedade Internacional da Sida) recomenda que os pacientes infectados mas ainda sem sintomas só comecem a ser tratados quando a sua contagem de células-T desce abaixo de 350 por milímetro cúbico de sangue (as pessoas saudáveis têm mais de 800).
Melhorias até 70 por cento
O grupo de investigadores, dirigido por Mari Kitahata, da Universidade de Washington, em Seattle, recolheu informações sobre 8.374 pessoas nos EUA e Canadá com contagens de células-T entre 350 e 500.
Cerca de 30 por cento começou a tomar medicamentos imediatamente, tendo os restantes esperado até que as suas células-T descessem abaixo das 350, seguindo as orientações em vigor.
«Observámos uma melhoria de 70 por cento na sobrevivência dos pacientes que iniciaram a terapia entre 350 e 500», em relação ao que esperaram, disse o responsável pelo estudo.
Dois outros estudos recentes concluíram que as pessoas que iniciam tratamento quando as suas células-T estão abaixo de 350 têm melhores hipóteses de voltar a ter contagens normais do que as que começam mais tarde.
Outro estudo assinalou que uma interrupção do tratamento, ainda que breve, para dar aos pacientes «férias de medicamentos», os coloca em grave risco.

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