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Reino Animal - exemplo de resiliência
Publicado em: 2014-08-11
DUNCAN - Yes, you can!

Mais um video comovente, tendo um animal como protagonista principal:

A história de DUNCAN, o cachorrinho-herói

 

Não voltarei a chamar ANIMAL a ninguém ..

(sería uma grande ofensa para eles!)

 

O exemplo de Lana - Adeus a uma amiga
Publicado em: 2014-07-10
A perda sentida de um animal de estimação

Quando chegou em nossa casa ?
Já faz tanto tempo, algo por volta de 14/15 anos, meados de 1980.
Corpo miúdo, a pata traseira "no ar" por uma fratura mal consolidada, mas um par de olhos pretos como jaboticaba, vivos e inteligentes. Sempre "falou" através deles.
   
Morávamos então em uma casa onde o que não faltava era mato, terra e grama.
E lá ia ela fuçando por onde podia. Tanto que ganhou o primeiro apelido carinhoso: nariz de terra.
Não entendíamos nada então de proteção animal. Gostávamos de animais e pronto.
Em sua habilidade de cão novo ( não tinha mais do que 1,5 anos ) para que quatro patas ? Corria como o vento em nossas brincadeiras no jardim e parecia que nunca se cansava.
Com o passar dos anos aprendemos em meados de 1998 que a castração era importante, pois além de prevenir crias indesejadas, iria prevenir o aparecimento de tumores mamários ou de útero. Mas já era tarde demais para a Lana.
Nos exames prévios foi constatado um problema cardíaco. Anestesia era contra-indicada pois envolvia risco de vida.
E dois anos depois o primeiro tumor, seguidos de outros e nós íamos adiando uma intervenção.
O ano passado fizemos um trato com ela (por volta de outubro ). Que ela nós fizesse entender se estivesse com dores, pois haviam muitos tumores em seu pequeno corpo, somado ainda uma enorme hérnia. Todos exames que foram feitos sempre vinha o mesmo diagnóstico: o risco de cirurgia era altíssimo.
Noite de final de ano: " Lana você conseguiu chegar em 2005 ! "
E os olhos de jaboticada ainda brilhavam e seu rabo balançava para nós.
Mas no dia 4 algo mudou. Já não havia mais o brilho nos olhos, o corpo cansado mal saía da sua caixinha. Com o passar de cada dia, maior dificuldade para se alimentar.
A chama estava se apagando.
Quinta-feira à noite, a veterinária veio examiná-la e pediu raio X para vermos o estado do pulmão.
Dormir como ? Nossa amiga estava indo ...
Sexta-feira cedo tiramos a chapa. Enquanto aguardava o resultado, levei-a para o lugar que sempre gostou: um gramado. E lá ficou minha velha amiga, banhando-se ao sol. Soltei a guia para que ficasse à vontade. Por um raro instante revi o "nariz de terra" fuçando em tudo. Aí recebi o olhar que ao meu coração foi definitivo: " me ajude estou sofrendo".
Resultado normal do raio X, uma rápida conversa entre veterinárias e pedido exame de sangue. Recolhemos o sangue e fomos para casa. O resultado somente seria enviado no sábado.
A Lana não conseguia mais andar muito. Carreguei-a escada acima e a coloquei em sua caixinha.
Hora após hora seu estado piorava.
À noite uma última tentativa. Levamos ao hospital 24 horas e foi colocada no soro. Medicamentos para estimular sua respiração e veio a parada cardio-respiratória. Correria para a sala de emergência, colocação no oxigênio e massagens e o coração voltou. Fraco mas batendo.Vinte minutos de expectativa. Resolvemos pela eutanásia, devíamos isto à ela, foi assim o trato estabelecido na conversa de outubro.
Ao meu modo, e segundo minha crença, me despedi de minha amiga pedindo a São Francisco que a recebesse bem, e que o desligamento fosse feito sem sofrimento.
Enquanto ia assinar o termo de autorização, cumpriu-se o destino. Seu ultimo respiro veio às 22:19 horas. De maneira natural antes de iniciar o procedimento eutanásico.
Abracei e beijei pela última vez minha amiga de tantos anos, e que me estimulou mais ainda a lutar pelos nossos irmãos menores, e a lutar pela castração sempre!
Se eu tivesse tido o conhecimento da importância da castração precoce a mais tempo, talvez ela tivesse mais alguns anos de vida a mais.
Não, não há complexo de culpa, de forma alguma. É uma simples e pura constatação de um fato consumado.
Há sim um vazio, uma saudade muito grande. Convivi com a Lana mais tempo do que com a mãe de minhas filhas, mais tempo do que com minhas filhas.
Hoje, domingo, mais um sinal de sua falta. Ninguém veio nos "chamar" ao pé da janela, quando ninguém aparecia no quintal até as 7:30 hs. Era a Lana que sempre nos chamava pela manhã quando perdíamos a hora .
Mas tenho a certeza de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para que ela, conforme o combinado, não sofresse muito na passagem.
Fica o sentimento do trato cumprido, mas uma saudade imensa que só o tempo irá amenizar... 

(Fote: tribunaanimal.org - História enviada pelos amigos Fowler e Tereza)

Tu és o que pensas
Publicado em: 2014-06-01
O efeito das emoções positivas e negativas no corpo humano

Emoções negativas como medo, tristeza, raiva, ressentimento, inveja, ciúme, enfraquecem-nos, roubam-nos vitalidade e energia lentamente, criam um terreno ácido, fértil para o desenvolvimento de agentes patogénicos. Por exemplo, quando estamos tristes, até a nossa expressão corporal evidencia essa tristeza, olhar desanimado, pálpebras mais fechadas, ombros descaídos. O sistema imunitário fica debilitado e surgem as constipações, gripes, pneumonias e outro tipo de infecções.

Por outro lado, as emoções positivas envolvidas em pensamentos de amor, alegria, gratidão, compaixão, fé, confiança, fortalecem-nos tornando-nos mais resistentes às doenças ou mesmo perante uma doença encontrámos força e ânimo para lutar, o corpo reage positivamente e a cura acontece (uma pequena nota, em relação a este aspecto: só podemos fazer o nosso melhor, pois não sabemos o que é o destino e o percurso que cada alma escolheu passar).

O Dr. Masaru Emoto fez um trabalho de investigação fabuloso, congelando água em frascos de vidro com palavras escritas voltadas para a água. Depois fotografou os cristais formados sob a influência dessas palavras, e os mais belos foram os que tiveram palavras de amor e gratidão, enquanto que os outros que estiveram perante palavras de ódio ficaram completamente distorcidos (video relacionado em espanhol, para visitantes que não dominem o idioma inglês: http://youtu.be/M5CyQ2gQbF0 )

Nós somos constituídos por 70% de água. Se palavras escritas num papel voltadas para a água, transformaram os seus cristais de acordo com a sua vibração, então o que causam as palavras e pensamentos emitidos por nós, no interior das nossas células?

A nossa mente processa milhões de pensamentos todo o dia de um modo mais ou menos consciente, dizemos coisas que não sentimos, vivemos no modo “piloto automático”, e quando damos conta temos doenças instaladas. Para curarmos o nosso corpo, precisámos de curar os nossos pensamentos e as nossas emoções. É fácil, basta mudar da vibração do medo, para a vibração do amor. Todas as pessoas que se sentem apaixonadas, vivem com uma sensação de leveza em todo o seu ser. 2013 é o tempo de nos apaixonarmos pela vida e por nós, criando pensamentos e emoções positivas e assim uma experiência vibrante de alegria e de cura em todo o nosso ser e no nosso planeta.

(Autoria: Isabel Costa /alquimiaalimentar.com)

Dia da 'Mãe à força' ... ?
Publicado em: 2014-05-02
entre Reflexões (I) e Realidades (II)
"... Escrevo-vos como mulher, como estudante de Medicina mas também, como já me afirmei neste blog: fiel defensora de causas. E, se há causa em que coloco todo o meu ser é no valor fundamental da vida.
 
E como valor que é, acredito que tem de ser discutido: nos valores da sociedade poderá assentar a possibilidade de uma Nova Esperança.
 
Foi em Janeiro de 2012 aquando da votação no Parlamento Português dos Projectos de Lei sobre Maternidade de Substituição que despertei para esta temática. Na altura, li imensos artigos, pareceres e histórias acerca do assunto.
 
As barrigas de aluguer consistem numa parte de um processo de PMA (Procriação Medicamente Assistida) em que uma mulher cede o seu útero para que nele seja implantado um óvulo já fecundado [com material genético de outra mulher (óvulo) e de um homem (espermatozóide)] e que se compromete no fim da gravidez a entregar a criança ou à mulher que cedeu a informação genética (o gâmeta feminino - óvulo) ou à mulher que encomendou o bebé (por exemplo, tendo utilizado o material genético de outra mulher por não ter óvulos).
 
Confesso-vos que depois de muito ler, considerei as Barrigas de Aluguer uma solução inviável e eticamente reprovável. Como mulher, considerei o conceito de “coisificação” e instrumentalização da pessoa que se traduz na mercantilização do útero feminino ir contra o conceito de a dignidade humana.
 
O artigo XVII da Declaração dos Direitos de Homem e do Cidadão de 24 de Junho de 1793:“nenhum homem pode vender-se ou ser vendido, a sua pessoa não é uma propriedade alienável”, a afirmação do Comité de Orientação da Agência de Biomedicina “do princípio da dignidade humana deriva a ideia de que o Estado deve proteger os cidadãos contra eles mesmos quando exercerem a sua autonomia em sentido contrário à sua dignidade, e isto apesar do seu consentimento” bem como, o princípio proclamado pela Organização Mundial de Saúde em 1991 “o corpo não pode ser objecto de direitos patrimoniais” ajudaram-me a tornar tudo ainda mais claro.
 
Algumas legislações (por exemplo, a britânica) proíbem o pagamento às mulheres que cedem o seu útero porém, tal como o Projecto de Lei Português prevêem a compensação de despesas o que a meu ver acabava por ter o mesmo efeito já para não falar do difícil controlo judicial. Verdade seja dita, mesmo não havendo compensação material alguma, será o caso menos complexo quando temos em conta questões como as complexas interacções psicológicas entre a mãe de aluguer e o bebé que cresce na sua barriga?
 
A verdade é que há uns dias atrás voltei a meditar sobre este assunto que estava há mais de um ano tão esclarecido na minha cabeça. No âmbito de um estágio que fiz no IPO (Instituto Português de Oncologia) assisti a uma consulta de uma jovem de vinte oito anos, recém-casada e que teve um aborto espontâneo há 8 meses. Quando pesquisaram a causa do aborto espontâneo perceberam que tinha um tumor no útero, tumor esse que era um cancro de dimensão tão grande que a remoção cirurgia não seria eficaz e como tal, teria de fazer quimio e radioterapia. A consulta que presenciei foi para lhe explicar exactamente isto e que estestratamentos a iriam deixar infértil. O ataque de choro da doente e do seu marido apertaram-me o coração de uma forma que eu não sei pôr por palavras. Imaginei o que seria se fosse eu! O meu maior sonho é um dia ser mãe! Quando me fui embora, desde o momento que entrei no carro até chegar a casa, não fiz outra coisa se não chorar. Estava desolada! Que injustiça! Porquê?
 
Na consulta falou-se da possibilidade de retirar, antes dos tratamentos, células do ovário (óvulos) e eventualmente implantar noutro útero tendo em conta porém, que isso não se faz em Portugal. A consciência que a actual lei era um entrave para aquela mulher vir a ser mãe deixou-me verdadeiramente perturbada.
 
Depois de ter presenciado esta situação novas questões sobre esta temática me invadiram a reflexão. Partilho algumas delas convosco, algumas delas que já tenho conseguido responder, outras nem tanto. Mas que aos poucos me ajudam a mais humanamente e conscientemente abordar este assunto (afinal, agora toda a minha reflexão vai muito além de uma reflexão baseada apenas em centenas de artigos e teorias). Concluo portanto com algumas perguntas para reflexão de todos:
 

  • Todas as questões epigenéticas (relação intra-uterina) são indiferentes à formação do bebé?
  • Com as barrigas de substituição há claramente uma clara divisão entre maternidade genética e maternidade uterina. Pensando no filho: como se orientará em relação à identificação com a mãe, sabendo nós hoje que esta interacção começa ainda dentro do útero materno?
  • Sabendo que uma gravidez altera por completo a vida de uma mulher, estará em causa apenas a barriga/útero ou será esta uma questão mais complexa? Não será esta designação simplista?
  • E em relação à mãe, qual será a percepção da sua maternidade?  Que relação tece com o bebé uma mãe cujo filho não é biologicamente seu e que no entanto vive com ela na profunda simbiose gravidez comporta?
  • Ligado com o valor da vida está neste caso o valor da conjugalidade: como considerar aqui a unidade e a identidade conjugal?
  •  O que acontecerá à criança se os pais, quer por má formação fetal quer por outra razão qualquer, não quiserem ficar com o bebé?
  • E se a mãe de aluguer quiser abortar durante a gravidez? Ou os pais se arrependerem do contracto e quiserem eles próprios o aborto (que tem consequências irreversíveis para o corpo da mulher que cede o útero)? Ou se no fim da gestação não quiserem a criança por divórcio, etc.?
  • E se a mãe de aluguer transmitir ao bebé certas doenças como HIV/SIDA (vírus que tem seis meses de incubação e como tal, de difícil controlo)?
  • Não terá o Direito (as leis) uma missão também ela pedagógica de tutela de valores? Será o facto de uma prática já existir que a torna correcta ou passível de ser legal?
  • Será o romper de uma barreira moral tradicional um sinal de progresso ou de retrocesso social?
  • Que tipo de precedentes serão abertos a nível bioético? Como por exemplo, o geneticista de Harvard George Church que em Janeiro deste ano vem dizer ao mundo que apenas procura uma barriga de aluguer para clonar Neandertal (antepassado do humano)?
  • No fundo, devemos encarar este tipo de questões como o direito a ter um filhoo u como os direitos do filho? (Citando a antropóloga Françoise Héritier à revista L’Express).
  •  Até que ponto é justo o egoísmo social? "

(Fonte: novaesperancafuturo.blogspot)

II

Há mulheres que são 'barrigas de aluguer' em Portugal, apesar de ser um crime que dá prisão. Cobram até 100 mil euros para conseguir uma casa ou apenas para tirar 'o pé da lama'. E tentam não pensar na criança.

O aluguer do útero é desde 2006 “punido com pena de prisão até dois anos ou pena de multa até 240 dias”, segundo a lei da Procriação Medicamente Assistida.

A proibição não impede que mulheres em Portugal aluguem o útero por montantes que vão até aos 100 mil euros, segundo testemunharam à agência Lusa “barrigas de aluguer”.

Amélia (nome fictício) tem 24 anos e foi a “situação financeira” que a levou a fazê-lo. O emprego “mal dava para pagar as contas” e perseguia o sonho de ter casa própria.

Viu no aluguer do útero uma “forma rápida de ganhar um bom dinheiro” e vai no segundo contrato que em breve deverá resultar em mais uma gravidez.

Quem a procura, nomeadamente pela internet, são “casais impossibilitados de ter filhos, mulheres com medo de modificar o corpo, casais homossexuais, homens que não querem responsabilidades com a mãe dos filhos ou pessoas sozinhas que precisam de companhia”.

Era português o casal a quem entregou a primeira criança. Sem especificar quanto recebeu, diz que normalmente os preços vão de 30 a 100 mil euros, “para casais com uma vida financeira resolvida”.

O resto pouco interessa. “Não me interessa saber quem é, até porque não os vou ver mais na vida. Desde que respeitem as cláusulas do contrato e não maltratem a criança, não queremos saber nada da sua vida. Quanto mais soubermos, pior”.

A inseminação que conduziu à gravidez foi feita numa clínica em Portugal, o que a lei proíbe: “O dinheiro compra essas coisas”, afirma.

O casal acompanhou a gestação. “Sentem-se realizados”, diz Amélia, que reconhece que, para este “trabalho”, é preciso preparação mental. “É normal trabalharmos a nossa cabeça, sempre em negação de ter uma criança”.

Nem todas o conseguem. Alice (nome fictício), 22 anos, decidiu ser “barriga de aluguer” porque, por um problema de saúde, precisou de dinheiro.

Um amigo disse-lhe que um casal homossexual num país europeu procurava uma “barriga de aluguer”. Aceitou “sem pensar” e hoje garante que não foi por ganância, mas por “necessidade”.

Do casal que a procurou sabe pouco. “Não quis saber muito sobre as pessoas, pois quanto menos me envolvesse, melhor”, contou.

A oferta que aceitou foi 30.000 euros, dos quais Alice recebeu 15.000 para iniciar o processo. Mas, à medida que o tempo passava, começou “a pensar que estava a fazer um negócio, a tratar um ser humano como um objecto de troca”.

Mesmo assim, avançou. Fez os procedimentos de preparação para uma inseminação artificial “sem tocar num cêntimo”.

A técnica foi feita numa clínica em Lisboa, na qual Alice nem precisou de falar, pois era um estabelecimento “de confiança da pessoa que queria a criança”.

Na hora de fazer a inseminação, desistiu. “Por muitas que fossem as necessidades, o meu coração de mãe falou mais alto. Devolvi o dinheiro e o assunto ficou por aí”, disse.

“Conheço pessoas que foram até ao fim e arrependeram-se. Por mais que finjam que está tudo bem, e tenham tentado não se apegar à criança, chega a hora em que aparece o sentimento de culpa de ter dado um filho por dinheiro”, assegura.

Segundo Alice, “a crise já duplicou a disposição de mulheres para este negócio e, quem o procura, aproveita pois sai mais barato e escusam de ir à Índia, onde é legal”.

Alice ainda hoje recebe propostas. De casais desesperados por um filho que oferecem o que têm e não têm. Alguns não conseguem chegar ao valor pedido e oferecem carros.

São propostas como estas que Joana (nome fictício), 26 anos, está a analisar há três meses.

Espera apenas acabar os estudos antes de a barriga começar a ver-se e está a tentar organizar-se para não precisar de estar contactável após o parto e não ter de dar satisfações sobre o destino da criança. Para isso, conta passar algum tempo noutro país, se o casal concordar.

Joana já recebeu várias propostas. Não equaciona fazê-lo por menos de 40 mil euros e até recebeu ofertas superiores, mas só avança quando se sentir segura: “É um grande passo, mas tento pensar que estou a ajudar um casal, que a criança vai ficar bem e ser muito amada e que eu vou finalmente poder tirar 'o pé da lama'”

(Fonte: "Barrigas de aluguer estão a aumentar com a crise" por Sandra Moutinho, da agência Lusa / Semanário SOL)

 

Ondas de Emoções
Publicado em: 2014-03-29

Não podes parar as ondas,

mas podes aprender a surfar.” 

Jon Kabat-Zinn


Já se sentiu como um mar revolto, cheio de ondas, que ora vão para cima, ora vão para baixo? Ondas de emoções que às vezes são suaves e que outras vezes são avassaladoras? Alegria, tristeza, medo, contentamento, frustração, serenidade, êxtase, impaciência... Temos todas essas emoções e muitas mais e ainda bem! Mas na realidade lidamos mais facilmente com aquelas que nos dão prazer e as que nos trazem desconforto e sofrimento gostaríamos de reduzir ou apagar. 


No entanto, todas são necessárias, pois as emoções e os sentimentos têm importantes funções na nossa vida. Significam e mostram que nos importamos, que somos afetados pelas coisas que nos rodeiam e que não somos meros robôs inanimados ou estátuas de pedra. É através das nossas emoções que podemos perceber o que queremos e precisamos, também mostrando aos outros essas necessidades.
 

Quando temos dificuldade em lidar com emoções, adotamos atitudes de negação e de fuga, mas também podemos ficar no extremo oposto de quem se identifica demasiado com as emoções. E, como diz o povo: “no meio é que está a virtude”, a forma mais adaptativa e saudável de lidar e gerir as emoções é saber “surfar” as emoções. Ou seja, ser um observador e testemunha destas mesmas emoções, que reconhece a sua existência e presença, não as julga e tem sempre em mente que, mesmo sendo dolorosas, elas não vão durar para sempre.
 

È claro que nem sempre é fácil ter esta atitude. Por exemplo, quando dormimos pouco ou estamos constipados ou quando, a nível laboral, temos prazos a cumprir, ou, a nível pessoal, termos conflitos numa relação significativa, estas situações levam-nos a uma menor tolerância. Mas, ainda assim, é possível.
 

O desafio é conseguirmos manter alguma tranquilidade e calma quando existe muita turbulência emocional. Podemos recorrer aos outros (rede social), que inclui a família, os amigos e também o psicólogo, para obtermos alguma perspectiva e conforto emocional. Todavia, em última instância, é connosco que podemos contar e o desafio está em confiarmos em nós próprios e na nossa capacidade de nos auto-confortarmos.

                            


Técnicas para surfar "ondas" emocionais
 

O que sugiro neste texto é exatamente algumas formas de lidar com essa turbulência emocional e aprender assim a “surfar” essas ondas. E não esquecer que é através da prática que nos tornamos bons “surfistas”!
 

1. Pergunte a si próprio: “Neste momento, o que faria alguém, que se respeita e que gosta de si próprio?” Esta pergunta relembra-o de se tratar a si próprio com carinho e respeito, tal como você o faria com um amigo querido. E também permite que crie alguma distância emocional do que se está a passar, de forma a que não fique demasiado envolvido nos seus sentimentos.
 

2. Veja a sua experiência como um detective ou um repórter. Seja curioso em relação ao que se está a passar, em vez de resistir. Aperceba-se dos factos. Escreva-os. Analise-os nos vários níveis:
 

- CORPO - Onde sente no corpo essa dor emocional? Tem dor de cabeça? Dói-lhe as costas? Músculos doridos? Tonturas? Batimento cardíaco acelerado? O que se passa no seu corpo?

- PENSAMENTOS - O que está dizer a si próprio? Qual é o seu diálogo interior? Que palavras está a usar sobre si, sobre o passado, sobre o presente, sobre o futuro? Está a ser mau consigo, crítico, julgador, a prever o pior?

- COMPORTAMENTOS - Que acção está prestes a tomar? Que comportamento ou forma de reagir costuma ter? Quer fugir? Esconder-se? Ser agressivo? Gritar? Chorar? Apenas repare, sem julgamento.
 

3. Dê a si próprio um abraço. Saiba aceitar-se, reconfortar-se, como o faria com o seu melhor amigo. Às vezes só precisamos de um pequeno carinho, um toque, uma festinha, um posar a mão no coração...
 

4. Diga a si próprio: “Eu estou aqui para mim”, “Posso sempre contar comigo”. Saiba que você é a sua melhor companhia e que vai estar sempre a seu lado. Reconheça e confie na sua sabedoria e nas suas capacidades para superar o sofrimento que está a passar.
 

5. O que me estão a dizer as minhas emoções? O que me estão a tentar ensinar? As emoções, como já referi anteriormente, são formas de comunicação (com nós próprios ou com os outros) e manifestam-se pois existem necessidades que precisa de atender. O que está a precisar? O que lhe falta? O que precisa de mudar para se sentir satisfeito? Perceba quais as suas necessidades por detrás das suas emoções.
 

6. O que posso eu fazer por mim, neste momento? Que gesto carinhoso ou que ato bondoso e construtivo pode ter por si neste momento de turbulência? Por vezes, podemos oferecer a nós próprios momentos de beleza e contemplação (ver o mar ou um pôr-do-sol) ou talvez alguma distração (por exemplo, ir às compras). Mas também poderá ser um telefonema a alguém que nos pode ajudar.
 

Lembre-se que pode aprender a tolerar e ultrapassar a ansiedade, a perda, o medo, a desilusão ou a frustração. Apreciar-se a si próprio e a sua coragem para “estar” com a emoção que surge, sem piorar essa turbulência. Sem julgamentos. 

Não se envolver demasiado nessas ondas, correndo o risco de se “afogar” nessas emoções. Saber “surfar” nessas ondas e saber que ao fazê-lo, está, com certeza, a desenvolver a uma relação consigo próprio de maior respeito, carinho e aceitação - que o pode salvar do '"afogamento" emocional.

por Sara Simões Gonçalves, Psicóloga Clínica / Fonte: boasnoticias.sapo.pt

 

(Caso não consiga visualizar os videos inseridos, clique nos links em baixo:

http://youtu.be/6jDJXjSeNIg  +  http://youtu.be/OOHD0_mtI_E  )

 

 

 

Sociedade em Transição
Publicado em: 2014-03-02
FELICIDADE na SIMPLICIDADE - Dicas

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, 
Muda-se o ser, muda-se a confiança: 
Todo o mundo é composto de mudança, 
Tomando sempre novas qualidades. 

Continuamente vemos novidades, 
Diferentes em tudo da esperança: 
Do mal ficam as mágoas na lembrança, 
E do bem (se algum houve) as saudades. 

O tempo cobre o chão de verde manto, 
Que já coberto foi de neve fria, 
E em mim converte em choro o doce canto. 

E afora este mudar-se cada dia, 
Outra mudança faz de mor espanto, 
Que não se muda já como soía. 

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

A Humanidade parece estar num momento singular da sua História, sugerindo uma nova consciência global. As evidências de que vários recursos naturais essenciais à nossa existência no Planeta estão sujeitos a enorme stresse, parecem ser cada vez mais irrefutáveis. Além disso, no nosso país, as crises financeira, económica e social fazem sentir-se com especial intensidade, anunciando um período de transformação a curto, médio e longo prazo e novas formas de abordar antigos e novos desafios, que ao solucionar o presente, devem cuidar de todos, incluindo as gerações futuras.

Transição 

O conceito de Transição, inspira-se sobretudo no Modelo de Transição desenvolvido por toda a Rede Internacional, com origem na República da Irlanda e no Reino Unido; no Projeto REconomia, da mesma Rede; outas fontes de inspiração:o Modelo de Economia de Bem Comum, com origem na Áustria; o trabalho da New Economics Foundation (RU) e New Economics Institute(EUA); os resultados da investigação da RESOLVE da Universidade de Surrey (RU); o trabalho da Skoll Centre for Social Entrepeneurship, da Universidade de Oxford (RU).

 

Links relacionados com o tema sustentabilidade

 

In Transition (video): http://youtu.be/FFQFBmq7X84 (pode optar por legendas em português, clicando em 'captions')

Economia do Bem Comum (video): http://www.ted.com/talks/lang/pt/tim_jackson_s_economic_reality_check.html

Greensavers (newsletter): http://greensavers.sapo.pt/2014/02/25/butao-quer-100-de-mobilidade-electrica-a-medio-prazo/

Sustentabilidade é acção: http://sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.pt/

 

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